1 de novembro de 2017

A Canarinha em 1958


A CANARINHA EM 1958

A Copa do Mundo FIFA de 1958 foi a sexta edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, que ocorreu de 8 de junho até 29 de junho de 1958. O evento foi sediado na Suécia, tendo partidas realizadas nas cidades de Borås, Eskilstuna, Gotemburgo, Halmstad, Helsingborg, Malmö, Norrköping, Örebro, Sandviken, Solna, Uddevalla e Västerås. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 12 delas europeias (Suécia, Alemanha Ocidental, Áustria, França, Tchecoslováquia, Hungria, União Soviética, Iugoslávia, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia, País de Gales) e 4 americanas (Argentina, Brasil, México e Paraguai).
Após “calar” o Maracanã em 1950 e decepcionar na Copa seguinte, o Brasil chegou à Suécia com um elenco promissor, que mesclava craques experientes e jovens talentos. Nesse último grupo estava Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, então com 17 anos, e Garrincha, o “gênio das pernas tortas”.
No gol, o time tinha a segurança de Gilmar dos Santos Neves. A defesa contava com os craques Djalma Santos e Nílton Santos, enquanto no meio-campo a categoria ficava com Didi. Mesmo assim, a seleção brasileira teve dificuldades para chegar até a semifinal.
A equipe estreou contra a Áustria, conhecida pela solidez de sua defesa. Depois de um início equilibrado, o Brasil venceu bem por 3 a 0, gols de Mazzola (2) e Nilton Santos. Na rodada seguinte, o duelo foi contra a Inglaterra e, apesar de jogar melhor do que na primeira partida, a equipe brasileira não passou de um 0 a 0 – o primeiro na história das Copas.
Para o terceiro jogo, contra a União Soviética, o técnico Vicente Feola fez duas alterações. Recuperado de contusão, Pelé entrou no lugar de Mazzola. A outra substituição – entrada de Garrincha na vaga de Joel – só foi decidida na véspera do jogo, em um treino secreto.
Como o doutor Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação, foi consultar a opinião dos atletas mais experientes como Bellini, Nílton Santos e Didi, surgiu a lenda de que eles teriam liderado uma “rebelião” para obrigar Feola a escalar os dois jovens craques.
As mudanças deram certo. O Brasil deu um baile nos soviéticos e venceu “só” por 2 a 0, com dois gols de Vavá. Garrincha jogou tanto que esgotou os adjetivos da imprensa internacional – “assombro”, “mercurial”, entre outros. Classificado para as quartas de final, o time tinha encontrado sua formação ideal.
A retranca de País de Gales quase conseguiu segurar o ataque brasileiro, mas uma jogada genial de Pelé dentro da área garantiu a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. A partir daí, o que se viu foi um verdadeiro show de gols e jogadas de efeito que encantaram o mundo.
A França tinha uma das melhores equipes e o artilheiro da Copa, Just Fontaine. Mesmo assim, só conseguiu oferecer resistência nos primeiros minutos. Vavá fez 1 a 0, mas Fontaine empatou em seguida. Antes do intervalo, Didi recolocou o Brasil em vantagem. Na segunda etapa, Pelé desencantou, fez três gols e definiu a vitória (5 a 2).
Na final contra a Suécia, dona da casa, com Vavá e Pelé inspirados, os brasileiros aplicaram uma goleada de 5 a 2. Até os torcedores suecos se renderam ao talento da seleção e aplaudiram de pé os campeões mundiais. Na cerimônia de encerramento, o capitão Bellini, a pedido da legião de fotógrafos que tentava registrar o momento, levantou o troféu para o alto, gesto que passou a ser repetido por todos os campeões.


Fonte: Seleção Brasileira Todos os Jogos

Nenhum comentário: